terça-feira, 10 de dezembro de 2013

"ARAPIRACA, NOSSA TERRA, NOSSA GENTE" III


ARTIGO 3
JOSÉ DE SÁ

Voltando a comentar o passado de Arapiraca, o que tenho na memória, e arquivos que guardo com muito cuidado e respeito. Agradecendo o comentário do amigo Edvaldo Leão, lembrando a lapinha, que era preciso lavar os pés para ver. Lembrando, a lapinha era montada na residência do sr. Chiquinho Lúcio, mas pertencia a D. Manoela, que passava o ano inteiro guardando coisas para completar o presépio que era chamado de lapinha. E o interessante Edvaldo, é que era coberta de palha. Ao chegar o dia Santos Reis, as palhas eram queimadas co ritual de pastorinhas, me lembro bem a canção que elas entoavam
'NOSSA LAPINHA ESTÁ SE QUEIMANDO ADEUS MINHA GENTE ATÉ PARA O ANO" Era assim a tradicional lapinha.
 

Quanto ao pastoril bem lembrado no comentário de uma amiga nossa, o primeiro pastoril foi ensaiado por minha mãe . Otília de Sá em parceria com D. Maria do Juca, a mãe do saudoso Né do Juca, em 1948. As principais pastorinhas eram as filhas : MESTRA: LACY CONTRA MESTRA : NEGUINHA, DIANA EDLEUZA, ERAM GAROTAS BONITAS E ARRECADAVAM MUITOS VOTOS PARA ELEGER A RAINHA DO PASTORIL.
 

O que chamava a atenção era o figurino confeccionado com papel crepon.
As apresentações eram feitas na sala da residência dos JUCAS, vizinho a igreja de S. Sebastião, ou melhor vizinho a residência do sr. Zeferino Magalhães, o responsável da construção da igrejinha. Na época não existia a entrada para a rua Estudante José de Oliveira Leite, atrás eram vários sítios com muitos cajueiros e mangueiras. A atual praça Marques da Silva, chamava-se Rua Nova, no centro, apenas a cacimba que fornecia água para a população. Aliás essa rua teve vários nomes, vejam só, de Rua Nova passou a se chamar Rua GABINO BEZOURO , Na administração do prefeito Luiz Pereira Lima, foi denominada Praça Durval de Góis Monteiro, foi construida a primeira praça da cidade, com postes e bancos no estilo colonial. flores e plantas adornavam o logradouro público que ganhava uma harmonia maravilhosa com uma plantação do famoso pé de Picus , onde um senhor que viera de Viçosa para cuidar da jardinagem da praça, era o senhor Baldiuno que ao cortar o FICUS, transformava-o em animais e pássaros. E foi atrás de uma dessas figuras que se escondeu o assassino do saudoso Marques da Silva. Logo após a morte d Marques da Silva, a praça recebeu nova restauração, desta feita com belíssima fonte luminosa e sonora e passou a se chamar PRAÇA MARQUES DA SILVA. Agora eu faço questão de chamar bem a atenção dos meus amigos, com foi a ideia de montar a fonte luminosa. Passando por Arapiraca o famoso CIRCO NERINO, NO FINAL APOTEÓTICO era apresentada uma lindíssima fonte luminosa chamada de águas dançantes executando a valsa de Strraus 'DANÚBIO AZUL deixando todos boquiabertos. O prefeito João Lúcio pediu informações e conseguiu encomendar a fonte luminosa, que depois era apelidada pelos opositores de cabide de D. Inez. Foi por muitos tempos apreciada , e trazia pessoas de outras cidades para conhece-la . não fosse a maldade de políticos invejosos, ainda existiria, porque não ? AS FONTES DE PARIS NÃO EXISTEM? A minha memória fluída vai continuar na próxima semana, vivendo 'ARAPIRACA, NOSSA TERRA, NOSSA GENTE

JOSÉ DE SÁ

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